Criada por Sigmund Freud no início do século XX, a Psicanálise é uma prática clínica, um método de pesquisa e um campo de saber que se debruça sobre um objeto muito específico: o Inconsciente. Ao analisar fenômenos como os diversos sintomas, os sonhos, falhas na linguagem, piadas e outros eventos, Freud percebeu que outras forças agiam sobre nós sem que percebêssemos. Este é o inconsciente, que influencia todas as nossas ações.

 

Sua proposta de cura pela fala, através da técnica psicanalítica, busca colocar os pacientes de encontro com este inconsciente. O que Freud descobriu é que, através das palavras faladas em um lugar específico (a clínica), transformações significativas eram produzidas. Mais do que falar, escutar o que se fala. Tais descobertas, mudou o paradigma da forma como tratamos o sofrimento mental. Esta fala é uma fala o mais livre possível, buscando evitar qualquer censura do que surge, técnica chamada de "associação livre". Junto com a "escuta flutuante", temos as duas principais técnicas da psicanálise.

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O que se pode obter através da clínica é uma considerável melhora nos sintomas e no sofrimento provocado por eles, através de um processo que se cria na relação entre paciente e terapeuta. Cada relação será única. Regras como o sigilo entre analista e paciente, a prática de falar livremente aquilo que vier a mente, o acolhimento através da escuta analítica, e o "contrato" firmado entre paciente e analista, que define os termos da análise, dão sustentação ao processo. O objetivo é dar apoio a quem busca o atendimento psicológico nas questões que se apresentam. 

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Depois de mais de 100 anos de prática psicanalítica, e de tantos relatos de pacientes e analistas, esta prática se mostra pungente e importante no tratamento do sofrimento psíquico da atualidade, na interpretação do mundo e no diálogo com diversos saberes.